Ciclovia Radial leste ganhou reforma, mas ainda é insegura para ciclistas

Reportagem por Márcia Brasil

Um dos modais mais longos da capital paulista, liga a região de Itaquera até o metrô Tatuapé em 12 km, é compartilhado por pedestres e corredores. A Ciclofaixa Radial como é conhecida tem tráfego diário de centenas de ciclistas que trabalham, estudam, praticam esporte ou a usam como lazer. A maioria prefere a bicicleta como transporte.

Em 2020, a via passou por grande reforma e revitalização, e foi aprovada, em alguns pontos. A Ciclofaixa era insegura tanto pela precariedade, falta de manutenção, limpeza e iluminação quanto pelos assaltos, ainda, frequentes. Grupos formados em horários programados, seguem em comboio para garantir a segurança.

Apesar da reforma, muitos ciclistas ainda sofrem com assaltos, seguidos de violência, em ponto estratégico entre os metrôs Carrão e Vila Matilde, com alvo principal no recuo de um paredão atrás do metrô Penha, apelidado como Faixa de Gaza.

Rubens atravessa a cidade de São Paulo, de leste a oeste. Morador de Itaquera, ele diz que prefere usar a bicicleta para trabalhar do que transporte público ou seu carro que o deixaria preso no trânsito. Apesar de ter sofrido assalto não deseja voltar a usar transporte público.

Ciclistas já tentaram com o poder público uma base comunitária na altura do Metrô Carrão com o apoio de rondas da PM ciclistas. Para isso, recorreram aos Conselhos de Segurança (Consegs) que em sua composição, além dos representantes da PM, Polícia Civil e GCM, tem o apoio de funcionários da subprefeitura, CET, entre outras repartições públicas. A tentativa de viabilizar a segurança foi em vão, os assaltos acontecem há anos e o poder público ignora o clamor dos ciclistas.

Este projeto foi realizado com o apoio da 5ª edição do Programa Municipal de Fomento ao Serviço de Radiodifusão Comunitária para a Cidade de São Paulo