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FEVEREIRO ROXO: MÊS DE CONSCIENTIZAÇÃO SOBRE O ALZHEIMER, LÚPUS E A FIBROMIALGIA

  • forumfdc
  • Feb 17, 2023
  • 5 min read

Updated: Feb 27, 2023

Estas três doenças não têm cura, mas com acompanhamento médico e tratamento adequado é possível melhorar a qualidade de vida dos pacientes.

REPORTAGEM POR HIGOR DEL CARMO.





O mês de fevereiro é conhecido como ‘fevereiro roxo’, pela campanha de conscientização sobre três doenças que ainda não tem cura: a fibromialgia, o lúpus e o alzheimer. Embora sejam diferentes, comprometem a qualidade de vida das pessoas que convivem com elas, mas com acompanhamento profissional e tratamento especializado, é possível minimizar os danos e aumentar o tempo das capacidades funcionais dos pacientes.


O doutor Fábio Jennings, médico da Sociedade Paulista de Reumatologia falou um pouco sobre a campanha:


“A fibromialgia é uma doença que acomete mais as mulheres do que os homens. A gente tem algumas hipóteses que podem explicar isso, uma das hipóteses é o dos fatores hormonais, por conta dos estrogênios e progesterona que nas mulheres seriam um fatorpredisponente para essa síndrome. E um outro fator seria uma sensibilidade maior que o sistema nervoso central que as mulheres teriam a sentir dor, do ponto de vista crônico.

[...] O gênero feminino também é mais acometido do lúpus. O tratamento é não medicamentoso, que são alterações no estilo de vida, evitar o tabagismo, também exercícios físicos, se proteger do sol porque o sol é um fator predisponente pra doença. Mas o tratamento é feito com medicamentos imunossupressores ou imunomoduladores, que vão diminuir essa produção de anticorpos e de substâncias inflamatórias contra o próprio organismo.”

Conheça mais sobre cada doença, tratamentos e prevenção:


Alzheimer

É uma doença neurodegenerativa crônica que afeta com maior frequência pessoas idosas, sendo que a principal característica é a perda progressiva das funções cognitivas, alterações de comportamento e de personalidade que interferem na capacidade de trabalho e nas relações sociais. A causa é desconhecida, mas estudos apontam questões genéticas e estilo de vida como fatores que contribuem para o surgimento da condição.


O Alzheimer costuma evoluir de forma lenta e progressiva. O primeiro sintoma a ser percebido é a falta de memória para fatos recentes, e com o passar do tempo outros sintomas vão surgindo como:


• repetição da mesma pergunta várias vezes;

• dificuldade para realizar tarefas diárias;

• irritabilidade;

• agressividade;

• perda de interesse pelas atividades;

• interpretações erradas de estímulos visuais ou auditivos;

• insônia;

• dificuldade para comer e deglutir;

• incontinência urinária e fecal;

• tendência ao isolamento.


A partir do diagnóstico, a sobrevida média varia entre 8 e 10 anos. No entanto, o tratamento consiste em retardar a evolução e preservar por mais tempo possível as funções intelectuais e executivas. Os melhores resultados são obtidos quando o acompanhamento é iniciado nas fases mais precoces.


Alguns dos cuidados que contribuem para a retardar as complicações cerebrais do paciente são: proporcionar um ambiente seguro e tranquilo, alimentação saudável, atividade física e terapias cognitivas. Isso também serve para melhorar a qualidade de vida dele.


A Doença de Alzheimer é considerada um fator de fragilidade funcional e, a partir do encaminhamento pela UBS mais próxima, o paciente recebe o encaminhamento para especialidades na rede municipal como por exemplo a Unidade de Referência em Saúde do Idoso, onde é atendido por equipe multiprofissional formada por médico, enfermeiro, assistente social, nutricionista, psicólogo, fonoaudiólogo, terapeuta ocupacional, cirurgião dentista, fisioterapeuta, educador físico e farmacêutico, além de profissionais de nível médio, para diagnóstico, tratamento e acompanhamento compartilhado com a UBS.


Além disso, as equipes do Programa Acompanhante de Idosos e do Programa Melhor em Casa também atendem pessoas idosas com Alzheimer em situação de vulnerabilidade social e pacientes acamados que necessitam de atendimento domiciliar.


Lúpus É uma doença de origem autoimune, ou seja, ocorre quando o sistema imunológico ataca órgãos e tecidos do corpo ao invés de desempenhar o seu papel de protegê-los. A doença inflamatória crônica, também conhecida como lúpus eritematoso sistêmico, ou LES, é reconhecida em dois principais tipos: cutâneo, quando se manifesta na pele, e sistêmico, no qual um ou mais órgãos internos são atacados.


Os sintomas aparecem lentamente, mas são contínuos e variam em fases de atividade e remissão. São eles:

• lesões de pele, sendo que as mais características são avermelhadas em maçãs do rosto e dorso do nariz;

• sensibilidade ao sol;

• queda de cabelo;

• febre;

• dor e inchaço, principalmente nas articulações das mãos, joelhos e pés;

• inflamação no rim, pleura ou pericárdio (membranas que recobrem o pulmão e coração);

• desânimo;

• cansaço;

• perda de peso;

• falta de apetite;

• falta de ar;

• palpitações;

• alterações de humor;

• inchaço nas pernas;

• pressão alta;

• diminuição do volume de urina;

• alterações no sangue.


A causa do lúpus ainda é desconhecida, mas é de conhecimentoque fatores genéticos, hormonais e ambientais contribuem para seu desenvolvimento. O diagnóstico é feito com base no reconhecimento médico dos sintomas relacionados à doença, além do conjunto de alterações clínicas e laboratoriais.


O tratamento da doença é individualizado, uma vez que depende do tipo de manifestação apresentada por cada quadro. O intuito é de controlar a doença, de forma a minimizar os efeitos colaterais e proporcionar uma melhor qualidade de vida para os pacientes. Por ser uma doença crônica, é importante manter o acompanhamento médico contínuo e o uso de medicamentos receitados pelo profissional.


O SUS oferece acompanhamento e tratamento para pacientes com lúpus. Diante da suspeita da doença, as pessoas devem procurar uma UBS. A partir daí, se for o caso, ele será encaminhado ao especialista.


Fibromialgia Mais comum em mulheres na faixa etária de 30 a 50 anos de idade, a fibromialgia é uma síndrome crônica caracterizada por dor muscular generalizada e afeta 2,5% da população mundial, segundo a Sociedade Brasileira de Reumatologia.


Além da dor, o paciente pode ter a percepção de que o sono não é reparador, sentir cansaço constante, ter alterações na concentração e humor, ansiedade e depressão. Embora não haja cura, com o tratamento adequado é possível aliviar os sintomas e melhorar a qualidade de vida dos pacientes.


No entanto, vale destacar que a fibromialgia pode aparecer em indivíduos que apresentam outras doenças reumáticas, como artrite reumatoide e lúpus, o que, muitas vezes, dificulta uma completa melhora destes pacientes.


Ainda não foi descoberta uma causa específica para surgimento da fibromialgia, porém estudos mais recentes apontam que a causa está relacionada com a ativação do sistema nervoso central, que manda os estímulos para o cérebro da pessoa que sofre com a fibromialgia, fazendo com que os sintomas se intensifiquem e o paciente sinta mais dor.


O diagnóstico é clínico, realizado a partir do histórico médico, exames físicos e laboratoriais. Já o tratamento consiste em aliviar os sintomas do paciente, que pode ser submetido a uma reeducação de condicionamento físico, relaxamento muscular, ações terapêuticas e até mesmo medicamentos e antidepressivos.


Em caso de suspeita, é indicado buscar atendimento na UBS mais próxima da sua residência e, se for necessário, a unidade fará o encaminhamento para a rede especializada.


A Central de Notícias da Rádio INTEIRA AÇÃO é uma iniciativa do Projeto Os Limites do Humor. Este projeto foi realizado com o apoio da 6ª Edição do Programa Municipal de Fomento ao Serviço de Radiodifusão Comunitária Para a Cidade de São Paulo.

Os conteúdos ditos pelos entrevistados não refletem a opinião da emissora.

 
 
 

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