Governo Federal anuncia a volta do Mais Médicos

Governo Federal anuncia a volta do Mais Médicos com a contratação de profissionais para atuarem na Atenção Primária

O governo federal anunciou a retomada do programa Mais Médicos, com a abertura de 15 mil novas vagas. Rebatizado de Mais Médicos para o Brasil, o programa, criado em 2013 e marcado pela contratação de médicos cubanos, passa a incluir outras áreas de saúde, como dentistas, enfermeiros e assistentes sociais, e promete priorizar profissionais brasileiros.

Do total de novas vagas para este ano, 5 mil serão abertas por meio de edital já neste mês de março. As outras 10 mil serão oferecidas em formato que prevê contrapartida de municípios, o que, de acordo com o governo federal, garante às prefeituras menor custo, maior agilidade na reposição do profissional e condições de permanência nessas localidades. O investimento é de R$ 712 milhões por parte da União apenas em 2023.

Durante cerimônia no Palácio do Planalto, a ministra da Saúde, Nísia Teixeira, destacou que o governo está empenhado em fortalecer o programa, classificado por ela como essencial para o Sistema Único de Saúde e para a sociedade brasileira. Segundo ela, o Mais Médicos voltou para responder ao desafio de garantir a presença de médicos a cidadãos de municípios mais distantes dos grandes centros, das periferias, que sofrem com a falta de acesso ao atendimento médico.

Já o presidente Lula afirmou que poucas vezes o povo pobre recebeu o tratamento que teve depois que o Mais Médicos passou a funcionar no país. O presidente disse que a maioria das pessoas pobres do Brasil ainda morre sem ser atendida por um especialista. Segundo ele, somente quem moara na periferia das grandes cidades, em cidades pequenas no interior, sabe o que é sofrer pela ausência de um médico.

O médico sanitarista Arthur Chioro, ex-ministro da Saúde, parabenizou o governo pela retomado do Mais Médicos e falou sobre a importância de investir na Atenção Básica, nos postos de Saúde, que é exatamente aonde os novos profissionais devem atuar em sua maioria.

“Nós voltamos a ter mortalidade materna. Eu dei o exemplo do câncer, mas estamos tendo problemas gravíssimos como tuberculose e hanseníase por descuidado. Por isso, é fundamental investir na Atenção Básica. Quando ela é ofertada de maneira bem feita, qualificada, com a equipe completa que envolve médicos, enfermeiros, agentes comunitários, técnicos de enfermagem, você resolve de 80 a 85% dos problemas de saúde da população. Dessa forma, somente 15% vai precisar chegar no serviço especializado. E o que o governo anterior fez foi exatamente o contrário. Ele comprometeu esses 85% e, agora, o novo governo quer retomar esse trabalho de incidir na Atenção Básica qualificada. Por essa razão, o Mais Médicos é fundamental. Esses profissionais vão atuar nos territórios, em uma ação preventiva”, explicou.

A previsão é que, até dezembro, cerca de 28 mil profissionais sejam fixados no país, sobretudo em áreas de extrema pobreza. A estimativa é que 96 milhões de pessoas tenham garantia de atendimento médico na atenção primária, considerada porta de entrada do SUS. Esse primeiro atendimento, em unidades básicas de saúde, permite o acompanhamento, a prevenção e a redução de agravos na saúde.

A Central de Notícias da Rádio INTEIRA AÇÃO é uma iniciativa do Projeto Os Limites do Humor. Este projeto foi realizado com o apoio da 6ª Edição do Programa Municipal de Fomento ao Serviço de Radiodifusão Comunitária Para a Cidade de São Paulo.

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