Levantamento aponta que 75% dos rios da capital de São Paulo são classificados como estado regular

A pesquisa também descobriu que nenhum é considerado em ótimo estado, o que é responsabilidade da Sabesp e CETESB

Por Victoria Marques

A poluição de São Paulo sempre foi uma preocupação dos paulistanos por muitos motivos, mas, principalmente, porque afeta a saúde pública, como no caso da água poluída dos rios e córregos.

Um levantamento da SOS Mata Atlântica, publicado em setembro de 2024, descobriu que nenhum rio é classificado como ótimo estado. 7,6% estão em bom estado, enquanto 75% são regulares, 13,8% são ruins e 3,4% estão em péssimo estado.

Pedro Martin Fernandes, Diretor-Presidente da SP Urbanismo, contou em entrevista que o Rio Tietê ainda é um grande desafio: “É uma cidade que se orientou bastante por uma política rodoviária de prevalência do carro. No Tietê, as propostas, especialmente do plano hidroviário, visam integrar as pontes existentes a um futuro parque paralelo”.

Ele acredita que ocorreu uma expansão urbana muito acentuada na Represa Billings, e que a prefeitura colabora para, além de melhorá-la, atender o Programa Mananciais, como o transporte hidroviário.

No evento InRede, o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, informou que a responsabilidade do monitoramento é da Sabesp e da CETESB, mas que dialoga com as empresas. Ainda falou sobre a poluição nos córregos e a meta do tratamento de esgoto: “Temos 26 bilhões de investimento e a antecipação da universalização do saneamento em São Paulo. Então em 2033, a gente vai ter todas as regiões da cidade com tratamento de esgoto”. Acrescentou que realizar o tratamento nas cidades metropolitanas também é muito importante, porque impacta na capital.

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